quarta-feira, 16 de abril de 2008

Gruta dos Morcegos ou furna dos morcegos



  • A Gruta situa-se, no maciço da Serra da Arrábida, entre Sesimbra e o morro de Alpertuche. Desenvolve-se em plena arriba vertical da serra, tendo cerca de 100 metros, ao longo de terrenos calcários do Jurássico.
    À sua frente existe uma Mimi praia de seixos rolados, que é submersa pela maré, pelo que a sua acessibilidade só pode ser feita por mar, sendo absolutamente necessário ter em atenção o horário das marés, para que se possa entrar e sair em segurança.
    A entrada da gruta, situa-se na base de uma alta falésia, chegados a este ponto, deparamos com uma galeria meio submersa, extensa e perpendicular à falésia, a meio do percurso surge um estrangulamento também inundado, desembocando em salas onde prolifera a colónia de morcegos, parecendo tratar-se de um autêntico santuário destas espécies.



  • Foi descoberta em data indeterminada, não dispomos de dados coerentes, que possibilitem fazer uma afirmação correcta. Lembramos apenas, que G. Zebyzesky, já a conhecia, anteriormente a 1941, pois a citou a alguns amigos, nomeadamente A. B. Machado, da Universidade do Porto, aquém ele a citou, e que, em Julho de 1941, veio explorar a sua fauna.



  • Do ponto de vista espeleológico, a Gruta dos Morcegos, têm a entrada na base de uma alta falésia, de terrenos calcários do Jurássico, a qual está meio obstruída por grandes pedras, resultantes dos movimentos marinhos que a cercam.
    Chegados a este ponto, deparamos com uma primeira galeria meio submersa, extensa e perpendicular à falésia, a meio do percurso surge um estrangulamento também inundado, desembocando aparentemente em duas outras salas onde prolifera a colónia de morcegos. A primeira é seca, tendo-se a sensação de já ter sido inundada em épocas anteriores, passa-se à segunda, já inundada, onde ainda se notam restos de tábuas depositadas possivelmente por camponeses de Azeitão em busca do guano dos morcegos (1) , deparamos com um charco de pequena profundidade e de repente apercebemos-nos, que afinal a gruta não acaba ali, mas ainda à mais pelo menos duas salas, onde as colónias de morcegos se desenvolvem, parecendo um autêntico santuário destas espécies.
    As suas formações são comuns a uma gruta natural sendo as espeleoformas normais sem nada de especial a assinalar, a não ser a quantidade apreciável, de guano, que nalgumas galerias, cobre o solo e as paredes, tornando as espeleoformas quase negras e provocando uma saturação de vapores existente na atmosfera respirável.



  • Do ponto de vista arqueológico, não dispomos de informação credível neste momento.




  • ESCAVAÇÕES Efectuadas e Publicações:

    G. Zebyzesky já a conhecia anteriormente a 1941.


    Exploração Biológica em 1941, pelo Dr. A. Barros Machado do Instituto de Biologia da Universidade do Porto.(2)


    Publicação em 1945, dos dados recolhidos na exploração de 1941, no nº8 do Boletim da Junta de Província da Estremadura.


    Bruno

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Um tipo de peixe que á no mar da serra da arrabida


Os peixes sofrem estas alterações pela contracção ou expansão das células de pigmentação, para intensificar ou reproduzir a cor que se vê através da pele.

Durante o período de acasalamento o macho intensifica a cor para atrair a fêmea.

A sua reprodução não é fácil, porém não é impossível em aquários com grandes dimensões e condições para o efeito.

A temperatura da água deve estar compreendida entre 25°C e 27°C. Em adultos atingem um tamanho de 4 cm.

Gonçalo

Arrabida cutural e patrimonial- A incrivel riqueza do mar-Um Convento pouco convencional


Arrabida cultural e patrmonial:

Passear pela Serra da Arrábida deslumbra e encanta.
A visão inesperada do mar, a vegetação e as falésias fazem da serra um dos sítios mais bonitos de Portugal. Não admira que tenha inspirado poetas como Sebastião da Gama. Pérola mediterrânica no meio do Atlântico, a Serra da Arrábida é abençoada pela natureza, mas também se distingue pelo património histórico e cultural. É a esse que o nosso passeio se dedica.


A riqueza do mar:

Lugar calmo e propício à meditação, a Serra da Arrábida foi procurada por frades, poetas e... corsários. Precisamente para combater estes últimos, D. Pedro, ainda regente, mandou construir em 1670 a Fortaleza de Nossa Senhora da Arrábida, no Portinho. É neste edifício seiscentista, sobranceiro ao mar, que funciona desde 1991 o Museu Oceanográfico. Tartarugas gigantes, chernes, ouriços do mar, moreias, linguados, tremelgas e espadartes são algumas espécies que podem ser vistas no museu, conservadas em álcool ou embalsamadas. Mas há também uma vértebra de baleia, fetos de golfinhos e a incrível Asconema setubalensis, uma esponja que ninguém diria tratar-se de um animal ! Nas várias salas do museu é ainda possível conhecer algumas técnicas de pesca e observar em aquários exemplos vivos da fauna e flora marinhas da Costa da Arrábida. Todas as espécies, mesmo as mais exóticas e incríveis, foram capturadas na região.


Um Convento pouco convencional:


Os frades Franciscanos que pediram a D. Pedro que construísse a fortaleza não queriam mesmo ser incomodados. Viviam na serra inacessível, longe do mundo, no meio da natureza, para estarem mais perto de Deus, como mostra a estátua do frade à entrada do convento: o globo terrestre pisado (desprezo pelo mundo), olhos tapados e boca fechada (recusa dos sentidos). Ainda hoje é um aviso para quem visita o convento fundado em 1542, sem frades desde 1834, e actualmente propriedade da Fundação Oriente. É um aviso e uma contradição: os frades queriam estar longe do mundo mas escolheram um lugar belíssimo. Afastaram-se dos prazeres, mas deliciaram-se com o mar, as olaias, o silêncio, os alimentos saudáveis e água fresca (o convento dispõe de um sistema hidráulico sofisticado que ainda hoje fornece a água necessária aos encontros que se realizam na parte moderna). Abraçaram uma “filosofia do essencial”, mas desfrutaram das maravilhas da natureza num convento pouco convencional. Ao contrário dos outros, este, que serviu de cenário a um filme de Manoel de Oliveira, é constituído por pequenos módulos, como se fosse uma aldeia no meio da serra. Os estudantes de arquitectura terão muito a aprender com a funcionalidade da pequena aldeia dos irmãos de S. Francisco de Assis.

Bruno/ze/gui